terça-feira, 14 de agosto de 2007

Responder ao desafio da àcoca

As maravilhas da minha vida

1 - a Paula, na permanência e na mudança, como porto de abrigo e balão voador
2 - o primeiro filho que a vida me deu, pela coragem de aceitar e fazer parte desta família
3 - a mãe, que continua a nutrir-me, mesmo sem cordão umbilical
4 - o Universo, pela confiança e bem-aventurança com que me brinda todos os dias
5 - as farófias da minha irmã, inigualáveis de doçura
6 - o contínuo renascimento com que me brindam as pessoas que caminham ao meu lado, nunca atrás, nunca à frente
7 - as cores da Natureza

terça-feira, 1 de maio de 2007

ANMIAN à vista


É já um nome registado! Anmian é o nome do sonho que eu e dois amigos - a Elisa e o António - estamos a concretizar.

Será um sítio de saúde, com base na prática da Medicina Tradicional Chinesa, com recurso a tudo o que de bom se vai fazendo em termos de naturopatia, homeopatia e outras coisas que ainda não têm nome. Sim, não me enganei: os nomes encerram conceitos e, de tão cerrados, às vezes não deixam passar luz nenhuma... Prefiro assim.

Abriremos portas lá para o início do Verão; quanto mais cedo melhor, que o mundo precisa de energia para enfrentar os desafios que por aí vêm.

domingo, 25 de março de 2007

O simples passeio de bicicleta


Um passeio de bicicleta tem o que se lhe diga.

Observo o meu filho a pedalar incessantemente à minha frente, como se fosse desnecessário assentar bem o pé no pedal, fazer força na coxa e orientar o guiador. Lá vai ele, de cabeça erguida, de vez em quando a olhar para trás para se certificar que eu não caíra algures...

Estacionamos as bikas - como ele diz - fazemos as compras imediatamente necessárias, comemos um bolinho, e retornamos a casa, por um outro caminho.

Desta vez ele vai mais lento, portanto mais perto de mim, mas não é por estar cansado; é antes porque leva dois sacos pendurados no guiador. Curte a paisagem: temos sorte de viver pertinho do rio. E, precisamente como a Natureza, lá vai ele de rosto ao vento, pernas leves e olhar em frente.

domingo, 11 de março de 2007

Domingo de sol

A pequenina passou a correr, ali no pátio, com um grande capacete cor-de-rosa a desequilibrar-lhe a corrida. Foi ao encontro de alguma coisa que a chamou; um amigo, a bicicleta para a qual se equipou, uma sandes a segurar-lhe a fome até ao almoço... Ou talvez corresse apenas ao encontro dos braços amigos da mãe, porque a queda fê-la procurar aconchego.
Seja por que motivo for, a verdade é que aquela corrida encheu a minha manhã de domingo. Pudesse sempre eu correr para os braços aconchegantes de alguém sempre que as lágrimas se sugerem; pudesse ser eu esse alguém cujos braços abraçam os corações apertados...

terça-feira, 6 de março de 2007

Porta para todas as maravilhas

Esta «Porta para todas as Maravilhas» é o título de um livro que descobri há pouco tempo, da autoria de Mantak Chia e Tao Huang e editado pela Cultrix, já em 2004.
Comprei-o assim num impulso, como faço muitas vezes, com o objectivo de o usar para a feitura do trabalho do final de curso, mas depressa percebi que era mais do que isso.
A 'porta' - acho que há um filme com este título, mas não tem mesmo nada a ver - é um livro absolutamente maravilhoso! Perdi-me de amores assim que o abri e li-o de uma vez só. São quase 300 páginas de uma sensibilidade maior, de uma correspondência com a vida, a morte, o sentido, a palavra, a intenção e o amor como já há muito tempo não via escrita.
Para quem não conhece Mantak Chia, posso dizer que é um sábio e está quase tudo dito. Mestre de QiGong, tailandês filho de pais chineses, tem uma visão curativa do taoísmo, no sentido mais vasto da palavra.
Sugere-nos um retorno à verdade, à nossa e à universal. É de uma grande pureza, com ligações ao I Ching e ao código genético, à medicina oriental e à ocidental.
Pois, estou mesmo apaixonada!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

O Tempo

Estou desatenta ao Tempo. E, na minha experiência como terapeuta de Medicina Chinesa, observo também isso nas pessoas que me privilegiam com a sua preferência.
A noção do «ao correr da pena» é coisa não comum, nos dias de hoje.
E vem-me imediatamente à cabeça o desenho de uma pena de ave, colorida, simétrica - ou quase - de uma beleza que raramente contemplo, mas que quero recuperar. Cada fio que a compõe (a pena) é único e faz parte de um todo-instrumento que nos possibilita caminhar. Ou escrever. Ou caminhar escrevendo.
Hoje está sol, quase finaliza o mês de Fevereiro, e eu aproveito o tempo para pedir atenção para cada segundo do tempo que passa.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Referendo a toda a prova

Reconheço, neste dia 11, as minhas múltiplas dúvidas. Chegam-me à memória os argumentos usados pelos defensores do 'sim' e do 'não', pondero e decido.
A pergunta é, realmente, grande e com muitos pormenores. Despenalização, opção da mulher, primeiras 10 semanas, estabelecimento de saúde autorizado. Mas, realmente, parece-me que todos os pormenores estão ligados.
E como de consciência se deve falar, sobretudo, a minha diz-me que a prevenção da gravidez deve ser um ponto de partida a trabalhar. Só assim deixará de haver necessidade de a interromper. Verdade demasiado óbvia? A questão que hoje se coloca não passa por aqui. Passa antes pela possibilidade do recurso à interrupção num local limpo, com a ajuda de profissionais que providenciem o esclarecimento sobre os procedimentos, caso ocorra a gravidez de uma criança que pode ser, ou não, desejada.
Sei um bocadinho sobre crianças desejadas e sei que só assim existem a primeira garantia de bons tratos e de amor inequívoco.
Se esta não é a sua opinião, mesmo assim, vá votar. Porque também essa é uma questão de consciência.