domingo, 25 de março de 2007

O simples passeio de bicicleta


Um passeio de bicicleta tem o que se lhe diga.

Observo o meu filho a pedalar incessantemente à minha frente, como se fosse desnecessário assentar bem o pé no pedal, fazer força na coxa e orientar o guiador. Lá vai ele, de cabeça erguida, de vez em quando a olhar para trás para se certificar que eu não caíra algures...

Estacionamos as bikas - como ele diz - fazemos as compras imediatamente necessárias, comemos um bolinho, e retornamos a casa, por um outro caminho.

Desta vez ele vai mais lento, portanto mais perto de mim, mas não é por estar cansado; é antes porque leva dois sacos pendurados no guiador. Curte a paisagem: temos sorte de viver pertinho do rio. E, precisamente como a Natureza, lá vai ele de rosto ao vento, pernas leves e olhar em frente.

domingo, 11 de março de 2007

Domingo de sol

A pequenina passou a correr, ali no pátio, com um grande capacete cor-de-rosa a desequilibrar-lhe a corrida. Foi ao encontro de alguma coisa que a chamou; um amigo, a bicicleta para a qual se equipou, uma sandes a segurar-lhe a fome até ao almoço... Ou talvez corresse apenas ao encontro dos braços amigos da mãe, porque a queda fê-la procurar aconchego.
Seja por que motivo for, a verdade é que aquela corrida encheu a minha manhã de domingo. Pudesse sempre eu correr para os braços aconchegantes de alguém sempre que as lágrimas se sugerem; pudesse ser eu esse alguém cujos braços abraçam os corações apertados...

terça-feira, 6 de março de 2007

Porta para todas as maravilhas

Esta «Porta para todas as Maravilhas» é o título de um livro que descobri há pouco tempo, da autoria de Mantak Chia e Tao Huang e editado pela Cultrix, já em 2004.
Comprei-o assim num impulso, como faço muitas vezes, com o objectivo de o usar para a feitura do trabalho do final de curso, mas depressa percebi que era mais do que isso.
A 'porta' - acho que há um filme com este título, mas não tem mesmo nada a ver - é um livro absolutamente maravilhoso! Perdi-me de amores assim que o abri e li-o de uma vez só. São quase 300 páginas de uma sensibilidade maior, de uma correspondência com a vida, a morte, o sentido, a palavra, a intenção e o amor como já há muito tempo não via escrita.
Para quem não conhece Mantak Chia, posso dizer que é um sábio e está quase tudo dito. Mestre de QiGong, tailandês filho de pais chineses, tem uma visão curativa do taoísmo, no sentido mais vasto da palavra.
Sugere-nos um retorno à verdade, à nossa e à universal. É de uma grande pureza, com ligações ao I Ching e ao código genético, à medicina oriental e à ocidental.
Pois, estou mesmo apaixonada!